Torre Eiffel

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Aquela forma ou casca como outros anjos costumavam falar era estranha, Allyria sentia-se desajeitada naquela aparência, loira, olhos azuis, um rosto digno de um anjo? Difícil dizer, foi escolhida sem muito tempo, pois ouviu o chamado de ser irmão. França, uma visão realmente linda e com o passar dos anos cada vez mais exuberante a sua maneira. Ao se tele transportar para tal lugar pode avistar outro irmão Kallel junto a Rafael.

-Olá!-Disse calmamente aproximando-se de ambos podendo permitir um breve sorriso. Claramente o assunto era sério, Rafael não costumava recrutar anjos somente para conversar,Allyria manteve a feição serena para ouvi-lo atentamente ,mas não deixava de pensar o quanto era bom saber que seus "irmãos" estavam ali,de certa forma após alguns anjos caírem saber que alguns ainda se mantinham firmes a confortava.

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Allyria pensava que pudesse ser algo trivial, um chamado para talvez recolher alguns anjos  caidos,Kallel  como sempre conseguia deixar a loira sem graça diante dele,porém o nome do arcanjo caido foi mensionada, o que de tão horrivel Lúcifer poderia ter feito? Oras só de ele estar solto já era alarmante. Pouco me importava com os pagãos mas havia uma aliança a ser respeitada,  e se Lúcifer foi ate lá, boa coisa não seria o resultado de tal visita. Allyria não esperou pela resposta de Rafael á pergunta de KalleL, que era a dúvida dela também.

-Garanto que boa coisa não foi Kallel, o que Lúcifer fez? -Perguntou  se metendo antes que o Arcanjo responde-se .Colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, tentando imaginar se existia alguma bondade em Lúcifer.Allyria era uma guerreira, mas sua alma era pura, nunca havia passado tanto tempo na terra, era um anjo “novo” perante os demais o que a fazia acreditar nas histórias contadas por Miguel e seus irmãos.

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As palavras de Rafael foram claras e objetivas,porém Allyria ainda nutria a inocencia, sentia um encomodo ao saber que teria de eliminar seus irmãos, aqueles que durante toda sua existençia estavam a seus lado.

-Tem um plano mais elaborado do que apenas matar nossos irmãos? –Perguntou cruzando os braços logo dando um suspiro longo –Acho isso precipitado, mas se é preciso ser feito, será-  Disse arqueando a sobrancelha olhando ao redor .

Poderia  aos olhos do Rafael e Kallel que Allyria estava se tornando petulante, porém a anja sabia que a cada anjo morto por conta da guerra, mais remorso ela sentiria, sentimentos não eram bem vistos por ela, mas a essa altura já era difícil não senti-los.

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O que dizer em tais circunstâncias? Rafael havia dado a ordem e obviamente não deveria ser questionado. “Estupida” Fora a única coisa que Allyria pensou, imaginando que não seria a única a pensar isso. Evitava um olhar direto com Kallel , pois sabia que havia muitas coisas estranhas acontecendo, e estranhamente sentia-se constrangida perto dele, e enfim  a batalha iria começar, as ordens foram dadas , hora e lugar para o próximo passo que não agradava nem um pouco a anja, mas se fora chamada ali deveria sentir-se honrada por tal confiança, devendo cumprir o que foi determinado.

Rafael sumiu sem mais palavras, realmente aos olhos dos anjos ele parecia inquieto, demônios a solta eram uma preocupação, porém Allyria estaria prestes a enfrentar algo que a fazia temer a si própria. Ali estava ela á sós com Kallel, a loira lutava contra si mesma para não entregar o que os olhos teimavam em mostrar, umedecendo os lábios criou coragem para fita-lo.
-Sim, estou...
Tentava ser o mais breve o possível, assim desviando o olhar dele, já que a cada dia ele vinha a sua mente, a cada dia não o via como um de seus irmãos mas como soldados de Deus , Allyria sabia que não poderia deixar esse sentimento fugaz criar mais raízes.

-Recomenda algum lugar? - Disse permitindo um breve sorriso, suspirou e arrumou a mecha da franja que insistia em cair sobre a face por conta do vento. –Concorda com essa atitude de Rafael, irmão?

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O lugar realmente parecia se aconchegante, o aroma que vinha de lá fazia com que a boca de Allyria começasse a salivar, e seu estômago a reclamar por algo. Estava esfriando realmente  e aquela altura a loira não podia mais declinar do convite, passou-se tanto tempo desde que viu Kallel pela ultima vez  que desaprendeu a conviver e por mais que tenta-se , Allyria não conseguia disfarçar, por mais que lutasse não consegui controlar o que sentia:

- Vamos entrar então.

Seguiu sua indicação ate entrar no restaurante, que era mais cativante ainda por dentro, foi ate uma das mesas que ficava no canto do lugar que não estava com muito movimento e facilitaria a conversa em tom baixo, logo uma das garçonetes veio ate nossa mesa perguntando  o que seria:


-Uma macarronada com almondegas.

Assim como Kallel sugeriu, Allyria suspirou criando coragem para enfim olhar  decentemente para aquele que não via mais como um irmão, desde a ultima vez  que se viram. Esperou Kallel fazer seu pedido e a garçonete se afastar:

-Então, o que me diz a respeito de Rafael?-

Allyria tentava conversar sobre tudo, evitando alguns assuntos que a deixava sem graça. Baixou a cabeça olhando para a toalha da mesa, tamborilado os dedos impaciente.

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