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[Quest] "Monstros Interiores" - Ithalia Ollie Farrét
por Arcanjo Rafael Ter maio 12, 2015 9:37 pm
"monstros interiores"
“Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.” — Friedrich Nietzsche
A pequena cidade iluminada a noite — ou em dias nublados como este — pelos faróis de poucos carros que pela rua ali passavam e por alguns postes de luz que ficavam bem distantes um dos outros, é conhecida por ser muito segura. A comunidade cresceu em harmonia por várias décadas, superando unidas seus problemas que não foram poucos, mas nenhum causado por eles mesmos. Roubos são incomuns, assassinatos são na verdade acidentes domésticos, ou seja, é um perfeito lugar para se viver. Talvez seja por isso que Ithalia se encontra nesta cidade.
Numa lanchonete próxima ao pequeno hotel onde estão seus objetos pessoais e roupas, Ithalia está sentada, próxima a janela enquanto lê um jornal que o cliente anterior havia deixado, assim como o cheiro de sangue na mesa, provavelmente um corte no dedo, pois havia a marca da digital de um dedo. Era pouco, mas o suficiente para que fosse possível sentir o perfume de ferro que aquele fluído possui.
O pedido da garota chega à mesa sendo entregue por uma jovem garçonete, uma aparência bela e um sorriso tanto quanto.
— Aqui está — a garçonete disse enquanto tirava da bandeja o café da manhã de sua cliente.
A funcionária da lanchonete se afasta para atender outro cliente. Um homem bem vestido e com uma expressão indiferente.
Ithalia tem sua atenção chamada por algumas palavras-chave no jornal, então lê o trecho:
Garotas Desaparecidas e o Corpo de Uma é Encontrado
Após o término da festa de jovens na noite de sexta, os pais de Alexia e Samantha perceberam o atraso de suas filhas, no dia seguinte eles ligaram para os amigos delas e após isso aos policiais. Ontem a polícia encontrou o corpo de Samantha próximo a uma estrada a um quilômetro da cidade. Suspeitam que ela tentou resistir ao sequestro, pois foram encontrados várias marcas de combate no corpo, mas também há feridas estranhas que a perícia cogita a ideia de terem sido feitas por animais. Já Alexia permanece desaparecida.
A buzina de algum veículo tira Ithalia de seus pensamentos acerca dessa notícia que acabara de ler.
Numa lanchonete próxima ao pequeno hotel onde estão seus objetos pessoais e roupas, Ithalia está sentada, próxima a janela enquanto lê um jornal que o cliente anterior havia deixado, assim como o cheiro de sangue na mesa, provavelmente um corte no dedo, pois havia a marca da digital de um dedo. Era pouco, mas o suficiente para que fosse possível sentir o perfume de ferro que aquele fluído possui.
O pedido da garota chega à mesa sendo entregue por uma jovem garçonete, uma aparência bela e um sorriso tanto quanto.
— Aqui está — a garçonete disse enquanto tirava da bandeja o café da manhã de sua cliente.
A funcionária da lanchonete se afasta para atender outro cliente. Um homem bem vestido e com uma expressão indiferente.
Ithalia tem sua atenção chamada por algumas palavras-chave no jornal, então lê o trecho:
Garotas Desaparecidas e o Corpo de Uma é Encontrado
Após o término da festa de jovens na noite de sexta, os pais de Alexia e Samantha perceberam o atraso de suas filhas, no dia seguinte eles ligaram para os amigos delas e após isso aos policiais. Ontem a polícia encontrou o corpo de Samantha próximo a uma estrada a um quilômetro da cidade. Suspeitam que ela tentou resistir ao sequestro, pois foram encontrados várias marcas de combate no corpo, mas também há feridas estranhas que a perícia cogita a ideia de terem sido feitas por animais. Já Alexia permanece desaparecida.
A buzina de algum veículo tira Ithalia de seus pensamentos acerca dessa notícia que acabara de ler.
- Leia antes de postar:
- Instruções:
• Descreva suas roupas;
• Descreva um pouco de sua personalidade [Opcional];
• Lembre-se de que seus objetos estão no hotel, ou seja, materialize nada que não tenha sido citado no meu post;
• Decida o que fazer após a leitura da notícia;
Boa sorte.
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Re: [Quest] "Monstros Interiores" - Ithalia Ollie Farrét
por Ithalia Ollie Farrét Dom maio 17, 2015 6:32 pm
Lugares pacíficos, que não chamassem tanta atenção talvez fossem os lugares mais procurados pelos seres sobrenaturais. Seja para viver o restante de toda sua vida, ou apenas tirar umas férias das constantes fugas dos caçadores. Todos deveriam buscar uma vez ou outra no ano algum canto em que pudesse deitar, fechar os olhos e não se preocupar em ser atingido por balas de prata, exorcizados ou torturados.
Ithalia nunca fora de todo diferente. Esconder-se sempre fora algo fácil para a menina, desde pequena viu seus pais e irmãos fugirem de alguma coisa, que naquela época era algo incompreensível, mas que hoje a moça de cabelos cor de fogo entendia como humanos que de alguma forma tentava trazer o bem para a sua raça, exterminando aqueles que lhes ofereciam riscos.
Os olhos da moça estavam perdidos no horizonte, o céu cinza da pacata cidade não tornava o humor da menina melhor, apenas o piorava. Os dedos batiam em um ritmo constante, fazendo com que o som da madeira ecoasse pelo quarto de hotel. As lembranças de seus pais sendo mortos invadiu o subconsciente da garota, levando ela a perder o controle por alguns segundos. A raiva tornou-se crescente, e no segundo em que pode perceber Ollie avistou suas garras deixarem marcas no parapeito.
A cabeça da pequena menina balançou-se de forma negativa algumas diversas vezes, até que as lembranças sumissem e seu olhar se voltou para o sobretudo e toca jogados sobre a poltrona. ”Que se dane!” As palavras ecoaram pelo dormitório, logo após o som da porta batendo com força invadiu o local que agora estava vazio.
Os olhos de Ollie estavam fixos no jornal que a pouco fora largado ali pelo cliente anterior. Os dedos da moça brincavam com o papel, enquanto suas íris passeavam pelas palavras, buscando algo que fosse realmente interessante para se ler. Um suspiro longo escapou pelos lábios da jovem, sua cabeça girou em direção a janela, a rua estava suavemente movimentada, mas nada anormal.
Os cabelos da licantropa caiam com perfeição sobre seus ombros, sobre eles estava a toca de coloração negra feita de tricô. As mãos estavam ainda cobertas pelas luvas de couro, enquanto o corpo era escondido pela legging e o sobretudo que ia até a metade das cochas. Finalmente o pedido de Ithalia chegou, um prato com panquecas e calda de chocolate. Um sorriso brincou nos lábios cor de nude da loba, enquanto seus olhos mantinham-se sobre o alimento.
Por alguns segundos a ideia de atacar o café da manhã pareceu tentadora, mas não fora o que ocorreu. A menina teve seu olhar voltado para o jornal, as noticias foram relidas em busca de algo realmente importante, até que finalmente encontrou.
Um assassinato nunca é somente um assassinato. Numa cidade como aquela possivelmente haveria algo por trás. Ollie apanhou o garfo e retirou um pedaço das panquecas, levando-as aos seus lábios provando-a, o café da manhã derreteu em sua boca, enquanto seus pensamentos travavam uma batalha confusa. Por fim a licantropa apenas decidiu-se por ir até o local do assassinato, tentaria farejar algo, encontrar algo relevante e então achar o assassino.
Ithalia nunca fora de todo diferente. Esconder-se sempre fora algo fácil para a menina, desde pequena viu seus pais e irmãos fugirem de alguma coisa, que naquela época era algo incompreensível, mas que hoje a moça de cabelos cor de fogo entendia como humanos que de alguma forma tentava trazer o bem para a sua raça, exterminando aqueles que lhes ofereciam riscos.
Os olhos da moça estavam perdidos no horizonte, o céu cinza da pacata cidade não tornava o humor da menina melhor, apenas o piorava. Os dedos batiam em um ritmo constante, fazendo com que o som da madeira ecoasse pelo quarto de hotel. As lembranças de seus pais sendo mortos invadiu o subconsciente da garota, levando ela a perder o controle por alguns segundos. A raiva tornou-se crescente, e no segundo em que pode perceber Ollie avistou suas garras deixarem marcas no parapeito.
A cabeça da pequena menina balançou-se de forma negativa algumas diversas vezes, até que as lembranças sumissem e seu olhar se voltou para o sobretudo e toca jogados sobre a poltrona. ”Que se dane!” As palavras ecoaram pelo dormitório, logo após o som da porta batendo com força invadiu o local que agora estava vazio.
[...]
Os olhos de Ollie estavam fixos no jornal que a pouco fora largado ali pelo cliente anterior. Os dedos da moça brincavam com o papel, enquanto suas íris passeavam pelas palavras, buscando algo que fosse realmente interessante para se ler. Um suspiro longo escapou pelos lábios da jovem, sua cabeça girou em direção a janela, a rua estava suavemente movimentada, mas nada anormal.
Os cabelos da licantropa caiam com perfeição sobre seus ombros, sobre eles estava a toca de coloração negra feita de tricô. As mãos estavam ainda cobertas pelas luvas de couro, enquanto o corpo era escondido pela legging e o sobretudo que ia até a metade das cochas. Finalmente o pedido de Ithalia chegou, um prato com panquecas e calda de chocolate. Um sorriso brincou nos lábios cor de nude da loba, enquanto seus olhos mantinham-se sobre o alimento.
Por alguns segundos a ideia de atacar o café da manhã pareceu tentadora, mas não fora o que ocorreu. A menina teve seu olhar voltado para o jornal, as noticias foram relidas em busca de algo realmente importante, até que finalmente encontrou.
Garotas Desaparecidas e o Corpo de Uma é Encontrado
Após o término da festa de jovens na noite de sexta, os pais de Alexia e Samantha perceberam o atraso de suas filhas, no dia seguinte eles ligaram para os amigos delas e após isso aos policiais. Ontem a polícia encontrou o corpo de Samantha próximo a uma estrada a um quilômetro da cidade. Suspeitam que ela tentou resistir ao sequestro, pois foram encontrados várias marcas de combate no corpo, mas também há feridas estranhas que a perícia cogita a ideia de terem sido feitas por animais. Já Alexia permanece desaparecida.
Um assassinato nunca é somente um assassinato. Numa cidade como aquela possivelmente haveria algo por trás. Ollie apanhou o garfo e retirou um pedaço das panquecas, levando-as aos seus lábios provando-a, o café da manhã derreteu em sua boca, enquanto seus pensamentos travavam uma batalha confusa. Por fim a licantropa apenas decidiu-se por ir até o local do assassinato, tentaria farejar algo, encontrar algo relevante e então achar o assassino.
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